Seu passado pode está aqui

Em um desses domingos que não tenho nada para fazer, estava assistindo o programa de Gugu e volta e meia mudava de canal e assistia também Faustão. Coincidentemente em ambos programas passava duas atrizes que participaram de uma novela infantil do final do anos noventa. Na Record Gugu entrevistava Flávia Monteiro e na Globo Fausto Silva estava na companhia da atriz Fernando Sousa. Se você não sabe quem são as duas procura aí no Google que você acha.
Pois é, as duas fizeram parte de uma novela chamada Chiquititas. Em voltei no meu passado e no passado de várias pessoas que fazem parte da mesma geração que eu – tenho 25 anos. No programa de Gugu, em homenagem a atriz Flávia Monteiro, o apresentador chamou algumas crianças (hoje já adultos obvio) que participaram de Chiquititas. Nossa senhora, só consegui reconhecer três. Aposto que se minha amiga Priscila estivesse assistindo ela lembraria com a maior facilidade. Enquanto no Domingão do Faustão, Fernanda Sousa mostrava um Cd da época que ela interpretava Mili da novela infanto-juvenil e via um VT de uma amiga que também trabalhava com ela no folhetim do SBT.
Alguns minutos depois minha amiga Rafaela me liga e eu comentei sobre o que eu vi e lembramos de outras coisas. Cada época surge novidades para ocupar as cabeças vazias dos pré-adolescentes e adolescentes.

Entre as coisas que eu e alguns amigos e também talvez você curtiu nesse fase louca da vida estão:

Show da Xuxa – todas as meninas tinham vontade de ir na nave com a rainha dos baixinhos ou de ser paquita. Diga se não é verdade? Você que tem entre 20 e 26 anos mais ou menos sabe que isso é verdade. Ser paquita já era demais para mim, pois não existia paquitas com o cabelo crespo rsrsrs. No programa também tinha um lance de fazer sorteio para quem tivesse sua carta sorteada, era premiado com algum brinquedo. Eu não me lembro de ter mandado carta. E imitar as paquitas? “É tão bom, bom bom, bom, bom está contigo na televisão”. E lá íamos nós, cantar todos os dias: quem quer pão, quem quer pão, quem quer pão, quem quer pão... Ah! E o melhor do programa de Xuxa estava no desenho Caverna do Dragão, massa né?

De repente surge TV Colosso. Lembram da Priscila? Eu estudava pela manhã e quando chegava só pegava o fim, na hora que o chef de cozinha chamava a cachorrada para matar a fome. Não me recordo se era na TV Colosso ou em outro programa que passava o desenho do super Mário Brother. Eu adorava.

Sim, lembrei agora da Família Dinossauro, que por sinal a Band está reprisando. Amava o Baby. Não é a mamãe, não é mamãe, não é a mamãe. Quando era uma febre lançaram um álbum, e é claro eu tinha. E tinha também uma camisa, eu e minha amiga a qual eu lembrei disso tudo, que tinha o Baby dizendo a frase: não é mamãe, é a Juliana. Kkkkkk Ridículo né?

Tinha também a novelinha de Angélica, a mesma pessoa que apresenta um quadro no programa Vídeo Show. Era Caça Talentos. Tinha a fada Margarida e Violeta. A fada Bela interpretado por Angélica, não podia beijar, caso contrário perderia seus poderes de fada. Quem participava também era Ana Furtado que também apresenta o Vídeo Show. Achava ela hilária.

Nesse período também tinha outras febres como Cavaleiros do Zoodíaco, e outro negócio lá que parecia com Power Rangers que eu não lembro agora, mas que com certeza alguém deve lembrar quando ler este post.

Mas antes de falar de Chiquititas, tenho que falar de Carrossel. Isso foi reprisado algumas milhares de vezes, mas todo mundo adoravaaaaaaaaaaaaa! E Chaves que até hoje passa e que ainda sim paramos para assistir mesmo sabendo de todas as falas.

Voltando um pouco – é que tô lembrando de algumas coisas – Os Trapalhões também fez parte da infância de muita gente. O que eu odiava era aquele sorteio que sempre tinha dos cremes hidratantes Monange. Gostava muito da Escolinha do Professor Raimundo. Tinha também aquele seriado chamado Ralf. Tô indo longe demais...

Sem falar é claro do Trem da Alegria: eu tenho a força, sou invencível, somos amigos, unidos venceremos a semente do mal! He-Man! Kkkkkk

Indo um pouco mais para frente. Eu fui fascinada mesmo é por Chiquititas. Eu, Rafa e Priscila tínhamos várias pastas com reportagens do grupo. Gastava uma grana sem pena para comprar tudo de Chiquititas. Era uma loucura. O SBT há pouco tempo reprisou a novelinha e eu me vi assistindo e me perguntando que diabo é que eu via naquele negócio. As crianças decoravam uns textos como se fossem robôs. E no último capítulo sabe o que aconteceu? Eu não assisti. Já não acompanhava com tanto frison, mas comecei a ver parte do final da novela, só que o problema era que também estava passado o fim da novela Uga-Uga, que não sei pra quê diabo eu estava assistindo aquela merda. Hoje várias Chiquititas estão por aí, nem me lembro de todas. Só lembro que fez parte de uma fase de minha vida.

Também pude viver a fase do É o Tchan! Acompanhei quando era Gerasamba! Tinha o short e a botinha da Carla Perez. Dança todas as coreografias, que por sinal ainda tenho em mente. Me acabava no pagode daquela época que não era tão baixo astral assim. O grupo foi deixando de fazer sucesso e eu fui perdendo o interesse. Mas muita gente dançou a dança do joelho. Disso eu não tenho dúvidas.

Nesse meio tempo surgiram Backstreet Boys, N'sync, Britney Spears entre outros. O que não passava de uma releitura do que foi Os Menudos, chamados de Boy Band. Esses aí eu nunca fui muita fã. Ficava com aqueles made in Brasil.

Aqui o que bombava era KLB (vida devolva minha fantasia, meu sonho de viver a vida, devolva meu ar), Twiste ( meu amor, esse amor, dá quarenta grau de febre queima para valer) e por aí vai. Assumo que gostava muito de KLB. Não sei o que eu via nos grandalhões. Acho eles até com talento, pena que não souberam aproveitar e depois deu merda. Nesse período Sandy e Júnior estavam no auge. Tinha até um programa na Globo. Seguindo, surgiu também Vanessa Camargo, que atualmente é só Vanessa, que até hoje não sabe o que quer cantar, cada Cd que a filha de Zezé de Camargo lança, ela disse que ta mais maduro e com mais a cada dela. Resumindo nada muda.

Quando não tinha mais nada para inventar o SBT cria um programa para lançar um grupo de garotas. O Rouge! Aquelas garotas que cantavam uma coisa tipo assim: aserê re a derrê... Bom eu não sei cantar imagine escrever. E logo depois resolveram fazer uma grupo de meninos, o Bro’z. Os dois não vingaram, mas causaram um reboliço no mundo teen.

E hoje? O que é que ta moda? Eu ando meio por fora do mundo teen, mas ando vendo umas coisas bem mais bizarras do que aquelas que eu e muita gente curtia há anos atrás.
Tem uns garotos que vestem umas calças com umas cores dos anos 80 e colocam as calças no meio da bunda mostrando a cueca. Usam um boné que já é propositalmente maior que a cabeça e ainda inventam de virar o boné para o lado. Calçam uns tênis super coloridos, usam um cabelo todo para frente quase atrapalhando a visão, com uma tonelada de gel e algumas horas no espelho com o secador de cabelo na mão. E o pior: não cantam porra nenhuma e arrastam milhares de meninas histéricas pelo país.

Em Salvador a única coisa que prevalece é o tal do boné maior que a cabeça. Aqui o estilo pagode é que reina. Na verdade não é nem estilo de pagode. O estilo de pagode é uma cópia do estilo de Rap, com Hip-Hop. O cabelo contém um quilo de creme ou então de gel. O corte do cabelo é praticamente uma obra de arte (ironicamente falando) e para completar “o estilo da rapaziada” tem uma corrente, mas é corrente mesmo pois é um coisa muita grande pendurada no pescoço que me disseram que chamam aquilo de “pancadão”. Nas festas de camisa colorida é o maior sucesso. Imaginem!

Sim, e eu pensava que ninguém mas assistia Malhação! Engano meu! Vejo um monte de pirralha suspirando pelo tal do Fiuk, o filho de Fábio Junior, que para mim é simplesmente filho do cantor. Oh carinha feio. Exceto que Malhação é uma chatice. Etâ povinho feio, ta pior que lá na faculdade onde estudei.

Olhando para o passado e vendo o presente eu não trocaria nada do que eu curti por esses novos fenômenos de hoje. Tudo que vemos hoje, na minha opinião, é uma cópia mal feita do que já se passou. E tem coisa que realmente ficou no passado como as brincadeiras: picula americana, baleô, sete pedrinhas, pular elástico, amarelinha, toca do coelho, três três passará entre outras. Fico aqui com o versos de Casemiro de Abreu em Meus oito anos:

Ah que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Que os anos não trazem mais...