segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Peculiaridades de um bairro

Pesem em um lugar que dá de tudo, é o meu bairro. Precisamente minha rua. Apesar dos fatos peculiares que acontecem volta e meia, não troco a rua São Marcos por nada. É certo que algumas vezes algumas coisas acontecem que são de irritar. Como por exemplo: tem um filho de Deus que às vezes gosta de se exibir e resolve ficar na porta de um bar com o som na maior altura. Até aí tudo bem se não fosse o mal gosto desse ser humano. Ele é fã desses arrocheiros que fazem versões das músicas mais tocadas nas rádios. É um verdadeiro pesadelo.
Ainda tem um rapaz que quando volta do baba da praia do fim de semana, que também ama se exibir. Fica de sunga, exibindo seu corpo nada gatinho (parece seu Madruga de Chaves) e coloca no som do carro os piores pagodes de Salvador. Percebem que os meus vizinhos têm um bom gosto musical, não é mesmo?
Agora vai eu colocar um Tom Jobim, ou um rock. Sem comentários. E isso não é nada. Tem uma igreja próximo a rua que moro, que por sinal era onde funcionada uma escola de primário da qual fiz parte, que volta e meia resolve fazer um culto. Tudo bem para quem atura verdadeiras poesias musicais. Mas o problema é que o grupo musical formados por jovens, monta o palco em baixo da varanda da minha casa. Geralmente isso acontece no fim semana. Eu até sei as músicas que eles cantam...
Pensou que acabou? Que nada! A minha rua é um dos caminhos para chegar até o Parque Metropolitano do Abaeté. Já freqüentei muito. Hoje não vejo muita graça, mas uma vez no ano eu ainda apareço por lá para admirar a pobre lagoa que com o passar dos anos vem secando. Sendo assim, quando chega a noite dos domingos de sábados, o movimento é grande. Na calada na noite, quando eu acordo do nada, só escuto a conversa das pessoas voltando da farra. É casa coisa. Engraçado é quando os casais voltam brigando. E as guetes? Essas voltam contando as resenhas dos “putões” com altas gargalhadas. É cada coisa.
Entre tudo isso, o que merece destaque é a minha vizinha biriteira. Ela é gente boa. Mas quando bebe, saiu correndo de junto dela. Como qualquer bêbado, só fala merda. Não diz coisa por coisa. Dos sete dias da semana, acho que quatro deles, ela não está em seu estado normal. Aliás, nem sei se o estado normal dela é quando está sóbria ou bêbada. Essa alma movida por álcool é casada. E quando resolver soltar os cachorros com maridos, sai de baixo. Ela xinga o marido de tudo quanto é nome. Pensa que ele responde? Que nada. Parece um besta. Agüentar uma mulher que deixa ele e o fillho sozinhos em casa e aparece tarde da noite para ficar berrando aos prantos.no dia seguinte, quando alguém vai dizer alguma coisa, a mulher tem a cara de pau de dizer que não foi ela. Deve ser o efeito do álcool.
Já faz algum tempo que não rola um barraco básico. O último que teve eu não vi, por isso não posso relatar aqui para você.
Como diz um amigo meu: meu bairro dá e deixa!

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